Fazer residência profissional em saúde é um desejo de muitos profissionais, principalmente dos recém-formados.
Porém, há uma barreira que deve ser ultrapassada para conseguir entrar na residência.
E essa barreira é o processo seletivo. Para isso, criei um curso para ajudar na sua preparação e passar por essa etapa.
Dependendo do programa de residência, essa seleção pode ser mais simples ou mais complexa.
Como é a seleção para residência
Cada programa, por meio de sua Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde (COREMU), pode estipular como o processo seletivo será feito.
A maioria elabora a forma de ingresso por meio de prova objetiva de múltipla escolha (1ª fase) seguida de análise de currículo dos classificados na prova (2ª fase).
Outros programas adicionam mais etapas. Algumas delas são:
- Entrevista com arguição de currículo
- Prova prática
- Prova escrita
Alguns poucos programas não fazem prova. Somente analisam o currículo ou o histórico acadêmico dos candidatos e calculam as notas com base nisso.
“Mas, Brunno, como vou saber como vai ser a seleção da residência que eu quero?“
A primeira coisa você já disse. É preciso saber, especificamente, qual a residência você quer, já que cada uma pode ter processos seletivos diferentes.
A segunda coisa é ler os editais anteriores desse programa que você quer. O edital é a chave do negócio.
Nele você irá conhecer, detalhadamente, como foram as seleções passadas e como será, provavelmente, a próxima:
- Vagas e áreas disponíveis
- Etapas da seleção
- Conteúdo cobrado
- Itens pontuados no currículo
- Como a nota final é calculada
Não é garantia de que será do mesmo jeito. Certos programas mudam algumas coisas de um ano para outro. Mas, a maioria mantêm a mesma seleção sem modificações por vários anos.
Raros programas dão a opção de fazer a prova em cidades diferentes da que a residência é feita. As outras etapas geralmente estão sendo feitas de forma online.
Classificação, notas e aprovação
Esses termos podem parecer a mesma coisa, mas são diferentes.
A classificação acontece quando você passa de uma fase para outra. Em cada fase você obtém uma nota.
Geralmente, as bancas colocam uma nota mínima necessária para que os candidatos passem para a próxima fase. Por exemplo, acertar no mínimo 50% das questões para ter seu currículo analisado.
Existem diversas formas de calcular a sua nota final. A mais usada é a média ponderada.
Ou seja, a nota de uma fase tem peso diferente (vale mais ou menos) que a nota de outra fase.
O mais comum é a prova objetiva ter peso maior que a análise de currículo. Por exemplo: a prova tem peso 8 e o currículo peso 2.
A nota final então é calculada multiplicando a sua nota da prova por 8 e a nota do currículo por 2, dividindo por 10 ou 100.
Por isso, eu sempre falo que, se não tiver um bom currículo, você tem que se garantir na prova, tirando a maior nota possível.
Para você ter uma ideia, em 2021 fiz a prova de residência da UFG, fui classificado mas não mandei meu currículo. Mesmo assim, na lista de aprovados fiquei em terceiro lugar, pois a nota da prova tinha sido boa.
Depois de todas as fases completadas, sua nota é calculada e a lista final de classificados é publicada. São aprovados os candidatos que ficam nas primeiras colocações, de acordo com a quantidade de vagas.
Então, se têm duas vagas, o primeiro e segundo candidatos que tiraram as maiores notas ficam com elas. Ou seja, são aprovados.
É possível que outros candidatos sejam chamados, caso os primeiros colocados não assumam as vagas. Por isso, você tem que ficar de olho sempre no site da banca que organizou a seleção.